RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

País

Beneficiários de prestações de desemprego sobem 5,5% em novembro

O número de beneficiários de prestações de desemprego aumentou 5,5% em novembro, em termos homólogos, totalizando 186.841, segundo a síntese estatística da Segurança Social esta sexta-feira divulgada.

Beneficiários de prestações de desemprego sobem 5,5% em novembro
Redação

Redação

21 dez 2024, 10:03

Em relação ao mês anterior registaram-se em novembro mais 6.649 beneficiários, o equivalente a uma subida de 3,7%.

Já face ao período homólogo, houve um acréscimo de 9.662, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

No que toca ao subsídio de desemprego, registou-se em novembro um aumento homólogo de 7,9% do número de beneficiários (mais 11.012 subsídios processados), totalizando os 150.646. Na comparação em cadeia, verificou-se uma subida de 3,9% (mais 5.619 beneficiários).

"O valor médio mensal do subsídio de desemprego em novembro foi de 673,44 euros, representando uma variação anual positiva de 7,8%", adianta ainda o GEP.

Por sua vez, o número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial caiu 1,6% comparativamente com o mesmo mês do ano anterior (menos 120 subsídios processados), mas aumentou 22,5% face a outubro (um acréscimo de 1.357 beneficiários), totalizando os 7.393.

O subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 20.567 beneficiários em novembro, uma redução homóloga de 7,9% (menos 1.773 beneficiários), mas uma subida de 0,8% em termos mensais (mais 161 beneficiários).

À semelhança do que tem sucedido, as prestações de desemprego foram maioritariamente pedidas por mulheres, correspondendo a 107.555 beneficiárias e a 79.286 beneficiários (42,4%).

Em termos homólogos, as prestações de desemprego aumentaram 6,2% para os homens e um crescimento de 4,9% para as mulheres.

Já na comparação com o mês anterior, verificou-se um crescimento de 5,9% para os homens e uma subida de 2,2% para as mulheres.

Recomendações

"Inefável" foi a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam em 2024
País

"Inefável" foi a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam em 2024

Inefável foi "a palavra mais procurada no Dicionário Priberam", mas é "uma curiosidade sobre o Dicionário, não faz parte das selecionadas para 'O Ano em Palavras', pois não nos parece que esteja ligada a nenhum evento específico, até porque as buscas ocorreram ao longo de todo o ano e não numa altura específica, como as 24 que fazem parte da seleção" feita com a Agência Lusa, que pelo oitavo ano consecutivo se juntou ao Priberam para selecionar as palavras mais pesquisadas e que ilustram o ano que está a terminar, esclarecem as duas entidades em comunicado. As 24 palavras (duas por cada mês) que definiram o ano - selecionadas, em termos de relevância, a partir de mais de centena e meia de pesquisas que se destacaram por serem feitas no momento em que decorriam os acontecimentos que lhes deram origem - encontram-se disponíveis no ‘site’ oanoempalavras.pt, cada uma delas ilustrada com fotografias e notícias da Lusa sobre o evento em causa. As palavras são apresentadas por ordem cronológica, de janeiro a dezembro, e cada palavra permite aceder diretamente ao seu significado no Dicionário Priberam e ao artigo da Lusa sobre a notícia que motivou as pesquisas. "O interessante do 'Ano em Palavras' é o exercício de ligar os acontecimentos e as ideias a palavras-chave e, de novo, através delas, voltar à realidade e perceber o que aconteceu. Ou, pelo menos, entender como a generalidade das pessoas a apreendeu ou percebeu. Um pouco como um calendário em palavras. Sem a Lusa, acho que esse exercício seria impossível", afirmou a diretora de informação da Lusa, Luísa Meireles, a propósito da iniciativa. O diretor executivo da Priberam, Carlos Amaral, considerou, por sua vez, que “esta iniciativa é uma das maneiras de a Priberam mostrar de que modo é que as consultas ao Dicionário Priberam podem ilustrar o país e o mundo em 2024 e é um privilégio poder associar essas pesquisas aos textos dos jornalistas e às imagens dos fotógrafos da Lusa”. Suplemento e imunidade foram as palavras que marcaram janeiro, mês em que milhares de polícias exigiram suplemento de risco idêntico ao da Polícia Judiciária, e em que o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, arguido por suspeitas de corrupção, admitiu o levantamento da imunidade. As palavras que caracterizaram fevereiro foram Vudu, por causa da escola de samba que venceu o Carnaval carioca com um enredo baseado na força das mulheres negras e em crenças vudus, e 'Persona non grata', classificação atribuída por Israel ao presidente do Brasil, Lula da Silva, após este ter comparado Gaza ao Holocausto. Março foi definido pelas palavras marcha, devido aos agricultores que fizeram uma marcha lenta para reivindicar medidas contra a seca, e legislativas, na sequência da vitória da Aliança Democrática nas eleições legislativas. Em abril, milhares de pessoas encheram a Avenida da Liberdade no cinquentenário do 25 de Abril, e Marcelo Rebelo de Sousa defendeu o pagamento de reparações por crimes da era colonial, pelo que as palavras mais procuradas foram liberdade e reparação. As palavras de maio foram faroeste e repúdio, a propósito de o presidente francês, Emmanuel Macron, dizer que a Nova Caledónia não se podia tornar um "faroeste", e de o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, propor um voto de repúdio contra discursos de ódio. Em junho, as palavras eleitas foram asilo, porque, segundo a Agência da ONU para os Refugiados, ACNUR, Portugal recebeu cerca de 2.600 pedidos de asilo em 2023, e extrema-direita, porque milhares de franceses se manifestaram contra a extrema-direita após a primeira volta das legislativas. Julho foi um mês marcado pelos vocábulos traineira e desistência, na sequência do naufrágio de uma traineira que provocou a morte de vários pescadores, e do anúncio de Joe Biden de que desistia das presidenciais norte-americanas e apoiava Kamala Harris. Em agosto, a conquista do bronze pela judoca Patrícia Sampaio e da prata pelo ciclista Iúri Leitão no omnium, nos Jogos Olímpicos de Paris, ditaram a escolha das palavras judoca e omnium. As fagulhas e cinzas no ar na sequência de incêndios florestais no centro e norte do país e o ciberataque israelita que causou a explosão simultânea de milhares de ‘pagers’ no Líbano fizeram de fagulha e 'pager' as palavras em destaque no mês de setembro. A depressão que provocou fortes inundações, mais de 200 mortos e graves danos no sudeste de Espanha e as manifestações no Bairro do Zambujal a exigir “justiça”, após a morte de um morador baleado pela PSP, fizeram de depressão e Zambujal as palavras de outubro. Novembro foi o mês dos termos greve e barricada, depois de a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, visitar o INEM na sequência da crise por greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar, e de manifestantes contestarem o resultado das eleições moçambicanas com barricadas nas ruas. Por fim, dezembro ficou marcado por restauração, devido às declarações do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que recordou a Restauração da Independência em Portugal, para defender a soberania da Ucrânia, e por transição, na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, que deixou o país com um governo de transição. Segundo o comunicado, o Dicionário Priberam, que celebrou 15 anos, conta com uma interface renovada, mais fácil de usar e mais otimizada para dispositivos móveis. Além disso, aumentou o seu conteúdo, com a inclusão de mais de 7.300 novos verbetes, contabilizando à data mais de 167.600 entradas e mais de 273.700 definições.

Revisão do RJIES: Ministro da Educação reúne este sábado com o movimento associativo estudantil
País

Revisão do RJIES: Ministro da Educação reúne este sábado com o movimento associativo estudantil

Tal como a Ria tem vindo a noticiar, o Governo iniciou esta semana a apresentação da proposta de lei. O documento já foi apresentado aos partidos políticos com assento na Assembleia da República, esta segunda e terça-feira, às Instituições de Ensino Superior (IES), esta quarta-feira e ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, esta sexta-feira. Segue-se agora o movimento associativo estudantil, este sábado, 21 de dezembro, na UMinho. A primeira ronda de reuniões para apresentar a proposta de revisão do RJIES e receber contributos termina em janeiro com uma reunião com os sindicatos, seguindo-se uma segunda ronda de reuniões com as mesmas entidades. Entre as várias alterações na proposta de revisão do RJIES está a alteração ao modelo de eleição do reitor

Ensino Superior: Fernando Alexandre defende uma maior “participação” na eleição dos reitores
País

Ensino Superior: Fernando Alexandre defende uma maior “participação” na eleição dos reitores

Fernando Alexandre que participou na cerimónia dos 51 anos da Universidade de Aveiro (UA), esta quarta-feira, 18 de dezembro, incidiu o seu discurso, principalmente, a apresentar os motivos para a proposta de revisão do RJIES que está, neste momento, a decorrer tal como noticiado pela Ria. O documento estruturante do Ensino Superior em Portugal propõe uma série de alterações, destacando-se a alteração ao modelo de eleição do reitor. Questionado agora à margem do evento sobre a proposta de revisão do RJIES – à qual a Ria teve acesso – em que o Governo retira a competência aos conselhos gerais na eleição do reitor e torna o processo mais inclusivo e abrangente, o ministro da Educação, Ciência e Inovação realçou que esta sugestão foi “largamente consensual”. “O Conselho Geral teve muitas virtualidades, mas há um largo consenso da comunidade de que o facto de o Conselho Geral eleger o reitor retirou um papel muito importante e de independência ao próprio Conselho Geral. Fica envolvido na eleição e perde independência”, realçou. “Por isso, nós queremos reforçar o papel do Conselho Geral, mas não na eleição”, atentou. Para Fernando Alexandre, a eleição deve ser feita de uma “forma participada” e “democrática”, passando agora também a incluir os antigos estudantes [a grande novidade desta alteração]. “Essa eleição deve ser para dentro (professores, investigadores, pessoal não docente, para os alunos), mas também para o exterior. A proposta que nós fazemos é que convoquem e temos de convocar os ex-alunos e mobilizá-los a participar nestas eleições”, reforçou. Interpelado sobre o reforço do papel dos estudantes neste processo de eleição, o ministro da Educação recordou o papel “transformador” do RJIES, em 2007 e sugeriu que está, neste momento, a ser avaliado o que funcionou “bem” e o “menos bem” para se corrigir. “Talvez pudesse ter sido feito mais cedo, mas o que importante é que estamos a fazer agora…. Temos muita informação e agora o que é importante é ouvir o setor, as Universidades, os Politécnicos, os estudantes, as associações académicas, os sindicatos, uma série de entidades e de facto a partir dessa audição tenho a certeza de que a nossa proposta vai ficar muito melhor”, afirmou. Relativamente à limitação dos mandatos dos reitores para um único mandato [outro dos destaques da proposta], mas com a duração de seis anos (ao contrário dos atuais quatro anos renováveis), Fernando Alexandre sugeriu que esta é uma forma de evitar que os reitores a meio dos seus projetos tenham de andar envolvidos “num ato político eleitoral”. Assim, estão “seis anos focados na implementação do seu projeto e penso que pode ser mais efetivo. Vamos ver como reagem. (…) Há vantagens nas duas formas de eleição eu, neste momento, vejo vantagens num mandato único de seis anos”, esclareceu. No que toca ao prazo para a conclusão do processo de revisão, Fernando Alexandre avançou que espera ter o mesmo concluído até “fevereiro de 2025”. Segundo a proposta de lei que está a ser apresentada pelo Governo, para efeito de apuramento dos resultados finais da eleição do reitor têm que ser observados os seguintes requisitos: os votos dos professores e investigadores terão que ser ponderados em, pelo menos, 30%; os votos dos estudantes em, pelo menos, 25%; os votos do pessoal não docente e não investigador em, pelo menos, 10%; os votos dos antigos estudantes em, pelo menos 25%. Para este efeito, o documento considera apenas os antigos estudantes que tenham obtido, há mais de cinco anos, pelo menos um grau académico na sua IES e nela não estejam matriculados e inscritos. Recorde-se que, no contexto da Universidades de Aveiro, os professores e investigadores representam hoje mais de metade do peso total da eleição do reitor e, com esta proposta do Governo, passam para um contexto minoritário. Já os estudantes têm atualmente um peso na ordem dos 15% que passa agora a ser reforçado para, pelo menos, 25%. O RJIES, que regula o funcionamento e organização das Instituições de Ensino Superior (IES) em Portugal, tanto públicas como privadas, não é revisto desde a sua implementação em 2007. A revisão do regime foi iniciada pela ex-ministra do anterior Governo do Partido Socialista, Elvira Fortunato, com a criação de uma comissão de avaliação. O processo conhece agora novos avanços sob a liderança de Fernando Alexandre, após a entrada do novo Governo liderado por Luís Montenegro.

Museus e monumentos encerrados nos dias 24 e 31 de dezembro
País

Museus e monumentos encerrados nos dias 24 e 31 de dezembro

Em comunicado com a data de terça-feira, a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) revelou que os museus, monumentos e palácios sob a sua alçada vão estar encerrados nessas duas vésperas de feriado, assim como nos próprios feriados de 25 de dezembro e 01 de janeiro. “Os bilhetes que tenham sido adquiridos para esses dias podem ser trocados para outra data ou reembolsados na íntegra, bastando efetuar o pedido, com envio do bilhete não usado” através do formulário disponível no ‘site’ da empresa. Dias antes, o instituto público Património Cultural já tinha anunciado que os seus serviços, incluindo os sítios e monumentos que gere, também estariam encerrados nesses dias. A MMP gere 37 museus e monumentos, desde o Castelo de Guimarães e a Fortaleza de Sagres aos palácios nacionais da Ajuda e Mafra passando pelos museus nacionais, entre outros espaços. Já o Património Cultural tem a seu cargo múltiplas igrejas e conventos, de Freixo de Espada à Cinta à Vidigueira, e sítios como as ruínas de Milreu, em Faro. No dia 11 de dezembro, o Governo anunciou ter concedido tolerância de ponto nos dias 24 e 31 de dezembro aos trabalhadores que exercem funções públicas no Estado. No despacho publicado em Diário da República, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, justificou as tolerâncias de ponto considerando ser “tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício e de ano novo, tendo em vista a realização de reuniões familiares”.

Últimas

A Evolução Imparável da Eletrónica: Miniaturização, Biologia e Humanidade
Opinião

A Evolução Imparável da Eletrónica: Miniaturização, Biologia e Humanidade

Uma viagem do chip ao grafeno, do IoT à bioeletrónica e o futuro da Humanidade Recordo-me da minha surpresa quando, ainda na universidade, me deparei com a Lei de Moore e a previsão de um crescimento exponencial no número de transístores nos chips. Na altura, questionei-me sobre os limites dessa miniaturização. Surpreendentemente, essa tendência continua desafiando as fronteiras da física e impulsionando avanços tecnológicos inimagináveis. No entanto, a complexidade e os custos crescentes do processo de fabrico em nano escala, juntamente com os desafios da mecânica quântica, dos limites da ética e da Humanidade, exigem novas abordagens e soluções inovadoras. A Lei de Moore, que previu a duplicação do número de transístores em chips a cada dois anos, tem sido um motor da inovação na eletrónica durante décadas. No entanto, esta miniaturização está a atingir os seus limites físicos. À medida que os componentes diminuem para a escala nanométrica, os efeitos quânticos, começam a interferir no funcionamento dos circuitos, exigindo novas técnicas de controlo e isolamento. Além disso, o processo de fabrico em nano escala torna-se cada vez mais complexo e dispendioso, impulsionando a investigação de novos materiais e métodos de produção. A litografia ultravioleta extrema (EUV) é um exemplo de tecnologia de ponta que permite a criação de padrões mais pequenos nos chips, mas o seu custo elevado é um obstáculo à sua adoção generalizada. A Internet das Coisas (IoT) é uma rede de dispositivos interconectados que comunicam entre si e com a internet, permitindo a recolha e troca de dados em tempo real. Para a IoT tornar-se uma realidade ubíqua, são necessários componentes eletrónicos cada vez menores, mais eficientes e com maior capacidade de processamento. A miniaturização permite a integração de sensores e dispositivos em qualquer objeto do nosso quotidiano, desde eletrodomésticos a vestuário, criando um ecossistema de dispositivos conectados e autónomos. No entanto, a IoT também apresenta desafios significativos em termos de segurança e privacidade, uma vez que a proliferação de dispositivos conectados aumenta o universo para ciberataques. A nanotecnologia permite a manipulação de materiais em escala atómica e molecular, abrindo um leque de possibilidades para a eletrónica. Nesta escala, os materiais exibem propriedades únicas que podem ser exploradas para criar dispositivos mais pequenos, mais rápidos e com menor consumo de energia. O grafeno, uma forma de carbono com uma estrutura bidimensional, tem despertado grande interesse devido às suas propriedades excepcionais, como a alta condutividade elétrica e a resistência mecânica. Os transístores à base de grafeno, por exemplo, são muito mais rápidos e eficientes do que os transístores de silício convencionais, abrindo caminho para uma nova geração de dispositivos eletrónicos. A somar a tudo isto, as telecomunicações também têm vindo a desempenhar um papel fundamental na era digital, ligando pessoas e dispositivos em todo o mundo. A procura por velocidades mais rápidas e com menor latência impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, como o 5G e o 6G. Estas tecnologias permitem a transmissão de grandes volumes de dados em tempo real, abrindo caminho para aplicações como a realidade virtual e aumentada, os hologramas e a Internet das Coisas industrial. Por fim, na indústria 4.0, a automação e a robótica estão a transformar os processos de produção, aumentando a eficiência e a produtividade. Robots autónomos e inteligentes trabalham lado a lado com humanos, realizando tarefas complexas e perigosas e chegando a lugares onde os humanos não chegam. A conectividade entre máquinas e sistemas tem vindo a permitir a otimização da produção e decisões praticamente em tempo real. A eletrónica flexível permite a criação de dispositivos que podem ser dobrados, torcidos e esticados, adaptando-se a diferentes formas e superfícies. Esta tecnologia tem aplicações em diversas áreas, como eletrodomésticos, vestuário e dispositivos médicos implantáveis. A bioeletrónica, por sua vez, combina a eletrónica com a biologia, permitindo a criação de dispositivos que interagem com o corpo humano. Sensores biométricos flexíveis podem ser integrados em tecidos e utilizados para monitorizar sinais vitais, como a frequência cardíaca e a temperatura corporal. A bioeletrónica tem o potencial de revolucionar a medicina, permitindo o diagnóstico e tratamento de doenças de forma mais precisa e personalizada. A interseção entre a biologia e a eletrónica está a dar origem a inovações extraordinárias. Dispositivos eletrónicos implantáveis permitem a monitorização contínua de parâmetros fisiológicos, fornecendo informações valiosas para o diagnóstico e tratamento de doenças. Próteses inteligentes controladas pelo cérebro estão a restaurar a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência. Interfaces cérebro-máquina permitem a comunicação direta entre o cérebro e dispositivos eletrónicos, abrindo caminho para o controlo de computadores e outros dispositivos com o pensamento. A inteligência artificial está a ser integrada em dispositivos médicos, permitindo a análise de dados e a tomada de decisão autónoma, o que pode melhorar a eficácia dos tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes. A crescente procura por dispositivos eletrónicos levanta preocupações sobre o seu impacto ambiental. A produção de eletrónica requer grandes quantidades de energia e recursos naturais, e a destruição inadequada de dispositivos eletrónicos pode contaminar os solos e a água. Para enfrentar estes desafios, a indústria eletrónica está a investir em tecnologias mais eficientes e sustentáveis. A utilização de materiais reciclados e biodegradáveis, o desenvolvimento de processos de fabricação mais limpos e a concepção de dispositivos com maior durabilidade são algumas das estratégias adotadas. A eficiência energética também é uma prioridade, com o desenvolvimento de dispositivos que consomem menos energia e de tecnologias de recolha de energia ambiente, como a energia solar. De facto, constatamos que electrónica está em todo o lado - Electronics is Everywhere - e tem o potencial de melhorar a vida das pessoas de inúmeras maneiras, mas é essencial que seja utilizada de forma responsável e ética. A inteligência artificial, por exemplo, levanta questões sobre o seu impacto no emprego, na privacidade e na tomada de decisão. É importante garantir que a tecnologia seja desenvolvida e utilizada de forma a beneficiar a humanidade como um todo, promovendo a igualdade, a justiça e a sustentabilidade. A educação e o diálogo são fundamentais para que a sociedade esteja preparada para os desafios e oportunidades da era digital. A electrónica não é uma solução mágica para todos os problemas da humanidade, mas pode ser uma ferramenta poderosa para construir um futuro melhor.

Novo RJIES: como serão eleitos os diretores dos departamentos e escolas da UA?
Universidade

Novo RJIES: como serão eleitos os diretores dos departamentos e escolas da UA?

Recorde-se que, em primeiro lugar, o Conselho Geral da Universidade de Aveiro (UA) aprovou, no passado mês de novembro, uma alteração aos estatutos da universidade. Até então, os diretores das unidades orgânicas eram indigitados por via de um comité de escolha composto pelo reitor, por dois elementos designados pelo reitor (após audição do Conselho Geral) e por dois elementos propostos pelo Conselho da Unidade [vulgarmente conhecidos como Conselho do Departamento ou de Escola] de cada departamento ou escola politécnica. Uma das maiores críticas ouvidas neste modelo estava relacionada com a excessiva concentração do poder de eleição do diretor na figura do reitor, pela sua intervenção, direta ou indireta, em três dos cinco membros do comité de escolha do diretor. Durante o processo de revisão estatutária, o reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, e os membros do Conselho Geral, foram sensíveis a estas críticas e propuseram que a eleição dos diretores fosse transferida para o Conselho da Unidade, retirando qualquer poder do reitor na eleição dos diretores. O Conselho da Unidade tem entre 11 a 25 membros eleitos e é composto por representantes pertencentes e eleitos aos grupos de professores e investigadores, estudantes e pessoal técnico, administrativo e de gestão. Os estatutos da UA referem ainda que nos conselhos de unidade os professores têm que representar, obrigatoriamente e no mínimo, 60% do número total de membros. Outra novidade importante é a introdução do limite máximo de dois mandatos de quatro anos nos diretores que, até então, não tinham qualquer limitação. Ora, se a proposta de lei do Governo para o novo RJIES for aprovada, a eleição dos diretores será novamente alterada. Segundo o documento que está a ser apresentado por Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, os diretores passarão a ser eleitos diretamente pela comunidade académica dos seus departamentos/escolas, numa proposta muito semelhante aquela que é apresentada para a eleição dos reitores, mas com duas diferenças importantes: ao contrário da eleição do reitor, onde o Governo propõe que os professores tenham apenas um peso de 30% nos resultados finais, na eleição dos diretores o Governo propõe que os votos dos professores representem, pelo menos, 65%; outra diferença é que na eleição dos diretores o Governo não propõe a participação dos antigos alunos. Na proposta do Governo para eleição dos diretores, os estudantes terão ainda um peso de, pelo menos, 20%, e o pessoal não docente e não investigador (funcionários dos departamentos) um peso de 10%. Falta agora perceber se a proposta de lei do Governo será alterada depois das rondas negociais que estão a ser realizadas com os representantes do setor e qual será a opinião dos partidos políticos com assento na Assembleia da República, pois os partidos que suportam o Governo não dispõem de maioria para aprovar o novo regime legal.

"Inefável" foi a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam em 2024
País

"Inefável" foi a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam em 2024

Inefável foi "a palavra mais procurada no Dicionário Priberam", mas é "uma curiosidade sobre o Dicionário, não faz parte das selecionadas para 'O Ano em Palavras', pois não nos parece que esteja ligada a nenhum evento específico, até porque as buscas ocorreram ao longo de todo o ano e não numa altura específica, como as 24 que fazem parte da seleção" feita com a Agência Lusa, que pelo oitavo ano consecutivo se juntou ao Priberam para selecionar as palavras mais pesquisadas e que ilustram o ano que está a terminar, esclarecem as duas entidades em comunicado. As 24 palavras (duas por cada mês) que definiram o ano - selecionadas, em termos de relevância, a partir de mais de centena e meia de pesquisas que se destacaram por serem feitas no momento em que decorriam os acontecimentos que lhes deram origem - encontram-se disponíveis no ‘site’ oanoempalavras.pt, cada uma delas ilustrada com fotografias e notícias da Lusa sobre o evento em causa. As palavras são apresentadas por ordem cronológica, de janeiro a dezembro, e cada palavra permite aceder diretamente ao seu significado no Dicionário Priberam e ao artigo da Lusa sobre a notícia que motivou as pesquisas. "O interessante do 'Ano em Palavras' é o exercício de ligar os acontecimentos e as ideias a palavras-chave e, de novo, através delas, voltar à realidade e perceber o que aconteceu. Ou, pelo menos, entender como a generalidade das pessoas a apreendeu ou percebeu. Um pouco como um calendário em palavras. Sem a Lusa, acho que esse exercício seria impossível", afirmou a diretora de informação da Lusa, Luísa Meireles, a propósito da iniciativa. O diretor executivo da Priberam, Carlos Amaral, considerou, por sua vez, que “esta iniciativa é uma das maneiras de a Priberam mostrar de que modo é que as consultas ao Dicionário Priberam podem ilustrar o país e o mundo em 2024 e é um privilégio poder associar essas pesquisas aos textos dos jornalistas e às imagens dos fotógrafos da Lusa”. Suplemento e imunidade foram as palavras que marcaram janeiro, mês em que milhares de polícias exigiram suplemento de risco idêntico ao da Polícia Judiciária, e em que o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, arguido por suspeitas de corrupção, admitiu o levantamento da imunidade. As palavras que caracterizaram fevereiro foram Vudu, por causa da escola de samba que venceu o Carnaval carioca com um enredo baseado na força das mulheres negras e em crenças vudus, e 'Persona non grata', classificação atribuída por Israel ao presidente do Brasil, Lula da Silva, após este ter comparado Gaza ao Holocausto. Março foi definido pelas palavras marcha, devido aos agricultores que fizeram uma marcha lenta para reivindicar medidas contra a seca, e legislativas, na sequência da vitória da Aliança Democrática nas eleições legislativas. Em abril, milhares de pessoas encheram a Avenida da Liberdade no cinquentenário do 25 de Abril, e Marcelo Rebelo de Sousa defendeu o pagamento de reparações por crimes da era colonial, pelo que as palavras mais procuradas foram liberdade e reparação. As palavras de maio foram faroeste e repúdio, a propósito de o presidente francês, Emmanuel Macron, dizer que a Nova Caledónia não se podia tornar um "faroeste", e de o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, propor um voto de repúdio contra discursos de ódio. Em junho, as palavras eleitas foram asilo, porque, segundo a Agência da ONU para os Refugiados, ACNUR, Portugal recebeu cerca de 2.600 pedidos de asilo em 2023, e extrema-direita, porque milhares de franceses se manifestaram contra a extrema-direita após a primeira volta das legislativas. Julho foi um mês marcado pelos vocábulos traineira e desistência, na sequência do naufrágio de uma traineira que provocou a morte de vários pescadores, e do anúncio de Joe Biden de que desistia das presidenciais norte-americanas e apoiava Kamala Harris. Em agosto, a conquista do bronze pela judoca Patrícia Sampaio e da prata pelo ciclista Iúri Leitão no omnium, nos Jogos Olímpicos de Paris, ditaram a escolha das palavras judoca e omnium. As fagulhas e cinzas no ar na sequência de incêndios florestais no centro e norte do país e o ciberataque israelita que causou a explosão simultânea de milhares de ‘pagers’ no Líbano fizeram de fagulha e 'pager' as palavras em destaque no mês de setembro. A depressão que provocou fortes inundações, mais de 200 mortos e graves danos no sudeste de Espanha e as manifestações no Bairro do Zambujal a exigir “justiça”, após a morte de um morador baleado pela PSP, fizeram de depressão e Zambujal as palavras de outubro. Novembro foi o mês dos termos greve e barricada, depois de a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, visitar o INEM na sequência da crise por greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar, e de manifestantes contestarem o resultado das eleições moçambicanas com barricadas nas ruas. Por fim, dezembro ficou marcado por restauração, devido às declarações do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que recordou a Restauração da Independência em Portugal, para defender a soberania da Ucrânia, e por transição, na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, que deixou o país com um governo de transição. Segundo o comunicado, o Dicionário Priberam, que celebrou 15 anos, conta com uma interface renovada, mais fácil de usar e mais otimizada para dispositivos móveis. Além disso, aumentou o seu conteúdo, com a inclusão de mais de 7.300 novos verbetes, contabilizando à data mais de 167.600 entradas e mais de 273.700 definições.

Pedro Oliveira reeleito presidente da AAAUA
Universidade

Pedro Oliveira reeleito presidente da AAAUA

No seguimento da Assembleia-geral eletiva, convocada para ontem, 19 de dezembro, foram eleitos os novos Órgãos Sociais da Associação de Antigos Alunos da Universidade de Aveiro (AAAUA). Pedro Oliveira volta a assumir a presidência para o triénio 2025-2027. Também Tito Miguel Pereira e Rogério Nogueira foram reeleitos presidentes da Assembleia-geral e do Conselho Fiscal, respetivamente. Na tomada de posse, Tito Miguel Pereira destacou os desafios com que o país se confronta atualmente, destacando a escassez de professores e as dificuldades de recrutamento e retenção de talento. Aproveitou ainda a oportunidade para enfatizar “os méritos e resultados de excelência da UA em múltiplos domínios, como os rankings internacionais ou a investigação de ponta que produz”. O presidente da Assembleia-geral felicitou ainda Pedro Oliveira e a sua equipa pelos “excelentes resultados alcançados” e pelo “amplo programa de ação previsto para o novo mandato”. Pedro Oliveira, presidente reeleito, apresentou uma equipa executiva de15 elementos. “A AAAUA não dispõe de qualquer funcionário, ou seja, todo o trabalho realizado é 100% voluntário”, sublinhou. Pedro Oliveira destacou ainda que o facto de a equipa ser composta por elementos a trabalhar e/ou a viver fora do país enriquece a “dinâmica e a mundivivência da equipa eleita”. O presidente da AAAUA destacou ainda na sua intervenção o aumento de 9.5% no número de sócios e de 1/3 do total de sócios serem atualmente ativos. Sublinhou também as iniciativas promovidas e a “importância desta dinâmica (…) conjugar com resultados líquidos positivos nos exercícios de 2022, 2023 e 2024”. Salientou também a Plataforma de Gestão de sócios como um importante desenvolvimento, bem como o cartão de sócio digital, da institucionalização dos núcleos alumni por Unidade Orgânica e da criação do Conselho Consultivo. Em relação ao futuro o presidente deixou 10 compromissos para o próximo mandato, com destaque para o desenvolvimento de uma app da rede de parceiros existentes e a realização de novas alumni talks e seminários. O presidente prometeu ainda uma edição especial do Antiguinho para a comemoração dos 35 anos da Associação, que se comemoram a 5 de julho de 2025, bem como a realização de uma série de podcasts e vídeos com antigos alunos em ambiente laboral ou em contexto de vivência quotidiana. Na sequência da proposta de alteração ao Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), Pedro Oliveira referiu “ser justo por merecido reconhecer que a UA não descobriu agora a importância dos antigos alunos, comunidade que aliás sempre acarinhou e respeitou” tendo concluído “que a nova proposta apenas reforça o propósito e a responsabilidade da ação dos alumni”. A sua intervenção contou ainda com um agradecimento aos colegas que cessaram funções, aos que foram empossados e aos que se mantém em funções, aproveitando a ocasião para partilhar uma mensagem recebida de um dos sócios fundadores da Associação que “felicita a equipa que lidera por estarem a fazer da Associação aquilo para ele foi constituída”. "Talvez seja o melhor elogio que poderiam receber”, referiu Pedro Oliveira. Seguiu-se a intervenção do vice-reitor da UA, Artur Silva que salientou “o gosto que como antigo aluno tem em estar a presenciar este momento de continuidade do trabalho que tem vindo a realizar ao longo dos últimos anos pelos atuais órgãos sociais”. Artur Silva sublinhou ainda a “importância estratégica dos antigos alunos em várias dimensões da Universidade e da sociedade”, reconhecendo “o esforço empreendido no mandato que agora termina e desejando que ele possa ter continuidade no mandato agora iniciado”.